quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Love will tear us apart!

Depois de um copo no Manga Rosa com os amigos de costume, vim para casa mas, não antes de passar por uma pastelaria aberta quase 24/7 onde comprei uns bolinhos que alterno com as linhas que vos escrevo e um copo de vinho. Não há nada melhor do que escrever com o cérebro "solto".
Ouvindo Nouvelle Vague com este maravilhoso cover de "Love will tear us apart", nada melhor do que falar em Amor! Amor não! Talvez sobre paixão! Para falar de amor teria de ser entendido na matéria, coisa que não sou!
A caminho de casa, enquanto chovia tinha de guiar com muito cuidado, pois o caminho estava um tanto escorregadio, e a visibilidade também não prestava. Ao fim ao cabo dá para criar algum paralelismo com a paixão. Quando gostamos de alguém e pensamos "he's the one!" que nos faz borboletas no estômago tentamos de tudo para que a relação resulte. Temos de ter cuidado em como a conduzimos, para que caminho é a que levamos e muitas das vezes às escuras. Somos cuidadosos por diversos motivos, porque não conhecemos a pessoa em questão ou idealizamos algo na sua personalidade que não existe ou porque não conhecemos o meio em nosso redor. Como seremos aceites pelos seus amigos e como é que nos havemos comportar com eles se forem o oposto de nós?
A paixão na maior parte dos casos, anula-nos. Isto porque na maior parte das vezes queremos passar uma imagem clean, perfeita de nós, coisa que não somos (inclusive já conheci pessoas que elas próprias viam essa imagem reflectida no espelho). Confesso que também já tentei demonstrar uma imagem de mim que não correspondia à realidade. Uma primeira impressão é só uma e mais nenhuma!
Também nos anulamos quando nos subvalorizamos e pensamos que a outra pessoa, de alguma forma, é melhor que nós e que a sua razão é mais razoável que a nossa. Pior que isto é só mesmo quando perdoamos o imperdoável, pois já estamos na fase do desespero total onde tentamos tudo por tudo para reaver algo que não nos pertence há muito e que mais tarde percebemos que nunca foi nosso.
Eu, infelizmente quando me apaixono torno-me numa Carrie em relação ao Mr. Big. Tal como conduzo, também numa relação penso duas vezes antes de fazer uma ultrapassagem. Certifico-me se o caminho está escorregadio e se não há mais carros em redor. Penso muito no que vou dizer, como vou dizer. Tenho o infeliz dom de brincar com as palavras, com discursos dúbios e respostas abertas... Tenho a mania de dar corda para a pessoa em questão se expandir e se espatifar se for o caso. Gosto de saber o que a outra pessoa pensa em relação à relação que tem para comigo e como normalmente nunca dizem o que realmente pensam é com estas meias frases ou pequenos deslizes que faço o meu juízo. Resultado: nunca dá certo! Porque nunca somos nós próprios, porque nunca somos verdadeiros e mais tarde ou mais cedo, sem nos darmos conta, deixamos de representar como gostariamos que fossemos e antes de cair o pano já a nossa sala de espectáculo está vazia. Tanto por culpa nossa como do público que se outrora interagia connosco, agora não nos incentiva a representar no nosso melhor acabando assim por se desfazer o interesse mútuo na relação dualista.
Assim sendo, desta vez tento ser eu mesmo, sem sensores de marcha atrás, gps e abs tento ser fiel a mim próprio. É claro que a ironia continua a fazer parte de mim... Enfim... Mas se nesta viagem me estampar daqui a 20 ou 200 kms ao menos o esforço foi nulo e ao mesmo tempo sincero... Será isto possível o que acabei de escrever? Bem, depois de uma garrafa de vinho tudo parece possível... Quanto à minha relação presente, prefiro escrever sobre ela depois. Mas posso-vos garantir que está a durar mais do que eu pensava! E se hoje estou para aqui a escrever é porque ele não veio dormir cá a casa. Não há nada melhor que dormir com a cabeça encostada naquele enorme peitoral, sentir os seus braços musculados em volta do meu corpo, perder-me no seu olhar e acordar de manhã com ele a perguntar se dormi bem... Enfim!!! Paixão!?!?

Sem comentários:

Enviar um comentário